Alain de Botton: o filósofo que busca conceitos para melhorar o dia a dia
Fundador da The School of Life ensina a buscar uma consciência elevada e uma vida mais leve
Você costuma a refletir sobre sua vida ou acha que é perda de tempo? A análise sobre si pode ser considerada bobagem para muitas pessoas, mas para outras, é uma sensação de conhecimento interno que ajuda na própria evolução. Esse é o caso do conceito de vida de Alain de Botton, fundador da The School of Life. O filósofo suíço destina-se a lidar com questões sobre satisfação pessoal e como melhorar o cotidiano.
Aqui na MetLife nós acreditamos que para o próprio crescimento interno é preciso equilibrar os pensamentos, conhecendo as virtudes, os medos, as alegrias e as tristezas. Por isso, vamos entender um pouco sobre o mundo de Alain de Botton, um dos filósofos mais respeitados no mundo.
Trocar a religião pela filosofia
Alain de Botton é ateu convicto. Ele propõe a substituição da religião pela filosofia como forma de lidar com a saúde emocional e com o sustento psicológico para entender as questões humanas como a morte, as desilusões e as decepções.
Tudo começou em 2008, quando criou a The School of Life, uma escola para aprender filosofia de forma gratuita. Devido ao sucesso, o conteúdo foi transformado em uma série de livros coordenados por ele mesmo. Entre os mais famosos estão “As consolações da filosofia”, em que ele procura demonstrar a importância dos ensinamentos de filósofos como Nietzche, Sócrates, entre outros, podem ajudar a resolver as aflições comuns no dia a dia.
Outro fenômeno é “Desejo de Status”, no qual ele analisa o anseio de saber o que outras pessoas pensam a nosso respeito e sobre se somos julgados como bem-sucedidos ou fracassados.
Nessa linha de pensamento, o último livro intitulado “A Arquitetura da Felicidade”, de 2006, discute a satisfação do indivíduo e da felicidade.
A busca pela consciência elevada
Qual é o momento do dia que você fica mais disposto e que sente um equilíbrio interno? Difícil responder? Bom, Alain de Botton é enfático nesse assunto. Ele trata esse momento como consciência elevada, ou seja, é quando conseguimos nos afastar dos nossos reais problemas e adquirir tranquilidade física e mental.
Para ele, os sábios hindus e monges conquistam esses instantes de consciência elevada por meio de meditação, mantras, jejum ou peregrinações.
Ele analisa que nós, seres humanos, passamos a maior parte da vida funcionando em estados de consciências menores, onde estamos principalmente preocupados com nós mesmos, com nossa sobrevivência e sucesso. Porém, em raros momentos, como tarde da noite ou cedo de manhã, quando não há ameaças ou demandas, nossos corpos estão mais confortáveis e assim temos o privilégio de acessar a mente elevada.
Filosoficamente, soltamos nossos egos e nos elevamos para uma perspectiva mais universal e menos padronizada, descartando um pouco de nossas justificativas ansiosas e nossa batalha pelo orgulho.
Suas ideias soam como autoajuda, muitas pessoas se agarram em suas convicções e usam o método utilizado por Alain de Botton como foco de vida.
E você, após conhecer um pouco da história do filósofo, compartilha da mesma ideia? Fica a reflexão!