Obsolescência programada: você sabe o que é isso?
Entenda por que a técnica criada nos anos 30 voltou com força total
Você já deve ter ouvido uma pessoa mais velha dizer que no tempo dela as coisas duravam com melhor tempo de duração. A frase segue atualizada, já que se analisarmos os produtos consumidos de hoje são em grande parte descartáveis.
Essa probabilidade é proposital e se chama obsolescência programada. A técnica surgiu na década de 30 e hoje continua marcando moda para o desespero dos consumidores e alegria das marcas.
Aqui na MetLife nós percebemos como é importante entender a obsolescência programada e como ela pode interferir na sua vida. Pensando nisso, vamos mostrar como a técnica está mais perto de você e como evitá-la.
O que é obsolescência programada e como surgiu?
A obsolescência programada consiste em forçar o consumidor a comprar novos produtos, mesmo que esteja em perfeitas condições de funcionamento. Esse conceito surgiu entre 1929 e 1930, tendo como pano de fundo à Grande Depressão de Nova York, e visava incentivar um modelo de mercado baseado na produção em série com o objetivo de recuperar a economia no país.
A ideia surgiu justamente para que os fabricantes planejassem um produto já antevendo o fim do seu funcionamento, obrigando o consumidor na compra ou no descarte.
Atualmente, os aparelhos de celular são os maiores nichos. Afogados pelo consumo excessivo, muitas pessoas trocam de aparelhos quando chega nova coleção da marca preferida. Em muitos casos, a compra é realizada ainda com as parcelas do produto antigo em débito.
Os donos de veículos também são prejudicados. O maior motivo é a troca constante de peças de carro que, segundo o consumidor, são frágeis. Essa atitude mostra como as marcas automotivas promovem o capitalismo exacerbado, isto é, fazer as pessoas gastarem mais do que podem para continuar com o automóvel em movimento.
Qual é a reação dos governos?
Os governos de alguns países estão atentos ao problema. A União Europeia solicitou aos fabricantes que produzissem itens mais duráveis. Na França, um partido ambientalista apresentou no senado um texto em que crítica a produção de itens com data de validade planejada. No Brasil, a questão não aparenta estar em andamento, já que o governo incita ao consumo para que a economia gire.
Como evitar a obsolescência programada?
Reflita sobre a compra – Evite trocar aparelhos eletrônicos em boas condições de uso. Antes de comprar, avalie suas necessidades, não vá apenas pelo consumo ou pelas tentadoras promoções.
Saiba mais sobre o produto – Quando você sabe a durabilidade da peça, torna-se mais fácil tomar a decisão de compra. Voltando ao exemplo do celular, quando uma marca lança nova versão de um produto pouco tempo após a venda do anterior, isso se forma um efeito-borboleta e o consumidor perde o equilíbrio.
Pesquise informações sobre o produto – Procure em sites de reclamações para verificar se a peça apresenta problemas concorrentes. A internet é a forma mais rápida de entender o pensamento do consumidor.
Descubra a garantia – Veja se o modelo tem garantia e qual é o tempo dela. Também se informe sobre a facilidade de reposição de peças e se o fabricante possui uma política de coleta de equipamentos ao fim da vida útil.